Protesto reuniu mais de 2 mil pessoas e organizadores dizem que ato "cumpriu sua função"

Manifestantes pediram a saída da presidente Dilma e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

Izabel Câmara e Sabino Câmara são casados e levaram os netos para o movimento de hoje.

O protesto pró-impeachment que aconteceu na tarde deste domingo (13) em Natal cumpriu sua função: Mostrar à população quem são os deputados e senadores que votam contra ou a favor do impeachment, explicou um dos organizadores do ato, Arthur Dutra.

De acordo com ele, a intenção da mobilização foi fazer “pressão nas respectivas bancadas estaduais”. “A partir de agora vamos continuar em cima desses parlamentares que são contra o processo de impeachment para que eles mudem seus votos”, disse.

Em Natal, o ato começou depois do previsto, às 15h30, e terminou antes do programado, às 17h25. Segundo a Polícia Militar, que contou com cerca de 40 policiais para fazer a segurança nas proximidades do protesto, aproximadamente 2 mil pessoas marcaram presença na manifestação, um número bem abaixo do esperado.

Apesar da pouca adesão por parte da população, Arthur Dutra, afirmou que ação foi positiva já que alcançou o objetivo. O próximo ato está marcado para o dia 13 de março de 2016. “Agora que determinamos quem é quem e mostramos para o povo, vamos continuar com o nosso propósito conseguir ainda mais votos a favor do impeachment”, detalha.

Izabel Câmara e Sabino Câmara são casados e levaram os netos para o movimento de hoje. De acordo com o casal, a população deveria ter se mobilizado mais. “Essa movimentação foi boa, mas poderia ter sido melhor. O povo só tem voz nas ruas. Precisamos gritar para sermos ouvidos”, disse Izabel.

Esse é o quarto protesto que o casal participa e segundo seu Sabino um dos pontos positivos foi a presença dos parlamentares que apoiam a causa. “Um dos pontos positivos, por exemplo, foi a presença das autoridades que estão engajadas e apoiam essa causa. Espero que as pessoas se sensibilizem mais e passem a tomar uma posição”, acrescenta.

Além do pedido de apoio dos deputados federais e senadores potiguares, os manifestantes pediam também a cassação do mandato do então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB). Com palavras de ordens, cartazes, buzinas e apitos, população exclamava "Fora Cunha, fora Dilma, fora PT". 

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